Poesia Cristã
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DO LABIRINTO AO CAMINHO
Conheci o glamour da mocidade,
Exalei o perfume juvenil;
Como jovem e tenro sonhador,
Vi que a porta do mundo se abriu.
Tinha pressa em conquistar estrelas,
Mas ao vê-las nas mãos logo as soltava;
Procurava por flores perfumosas
E às vezes a espinhos me apegava.
Caçador contumaz de fantasia,
Nessa via não via o que pensava;
Desejava alegria, mas tristeza
Ao final era o que me importunava.
De empecilhos tornou-se essa corrida,
De subida, descida e labirinto;
No final, jamais encontrava o pódio,
Mas, no espelho, o semblante de um faminto.
Como a luta era lá no interior,
Logo o riso do falso amanhecer
Florescia pra toda uma plateia
Na utopia de ser sem nunca ser.
Quando a sorte, cansada de si mesma,
Regurgitava a ébria poesia,
O abismo do poço sorvedouro
Para o fundo da lama me sorvia.
Senti na alma a dor da indigência,
Pedi clemência a Deus por tanto mal,
Porque o fardo do pecado me pisava
E anulava-me a força pessoal.
Lá do ventre do inferno, Deus me ouviu,
Meu gemido chegou-Lhe ao Seu ouvido;
Seu amor me salvou, me transformou
E no sangue de Cristo eu fui remido.
Abdias Campos
“E disse: Na minha angústia, clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz” (Jonas 2.2 ARC).
“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6.37 ARA).